Após anos de preparação e meses de expectativa, Israel lançou
uma ação militar significativa contra o Irã, seu principal adversário.

Em uma operação sem precedentes, denominada "Operação
Leão Ascendente", aeronaves israelenses alvejaram instalações nucleares e
eliminaram cientistas atômicos e importantes líderes militares iranianos em
locais estratégicos por todo o país, incluindo Teerã.

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agora se
prepara para a possibilidade de semanas de conflito e retaliação por parte do
regime iraniano.

Logo após o início dos ataques, Netanyahu dirigiu-se à nação
e ao mundo, declarando que a operação persistirá o tempo necessário para
neutralizar a ameaça.

Ele justificou a ação afirmando que o regime de Teerã tem
buscado abertamente a destruição de Israel por décadas e estava prestes a
desenvolver armas nucleares, tendo dado passos recentes para militarizar urânio
enriquecido que poderiam permitir a produção de um artefato nuclear em questão
de meses.

A operação ocorreu um dia após o término do prazo de 60 dias
concedido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Irã negociar
o fim de seu programa nuclear.

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, esclareceu que
os Estados Unidos não participaram diretamente do ataque. As Forças de Defesa
de Israel (IDF) confirmaram ter atingido alvos em todo o Irã, com vídeos
iranianos mostrando os danos em locais como Natanz e Isfahan.

A IDF também confirmou a eliminação de figuras proeminentes
como o Comandante das Forças Armadas Muhammad Bagheri, o Comandante da Guarda
Revolucionária Hossein Salami e o Comandante da Defesa Aérea Ghulam Ali Rashid,
além de cientistas nucleares pelo Mossad.

Em resposta, o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei,
prometeu "punição severa", e o Irã lançou centenas de drones, a
maioria dos quais, segundo a IDF, foi destruída.

Netanyahu concluiu sua mensagem citando uma passagem bíblica
de Números, capítulo 23, sobre um leão que se levanta, e mencionou a mensagem
de Moisés para "Ser forte e corajoso", reforçando a determinação de
Israel em se defender e, ao fazê-lo, proteger outros e reverter uma tirania.

Ele também orou no Muro das Lamentações, inserindo uma nota
com a escritura citada.

O líder da oposição em Israel, Yair Lapid, dirigindo-se à
comunidade internacional em um artigo em inglês acerca das operações militares
israelenses no Irã, afirmou:

“O ataque israelense ao Irã na noite passada (12) foi uma
necessidade inevitável. Um Irã sem capacidade nuclear, dissuadido e ciente de
que não poderá continuar a agir contra nós na região sem pagar um preço. Somos
uma democracia muito heterogênea, mas, diante de nossos inimigos, sempre
sabemos nos unir. Quando se trata da segurança dos cidadãos de Israel, somos um
só povo, com um só objetivo.

Thiago Guerreiro – Conectv Atlanta