Em uma medida de grande impacto na política de imigração dos
Estados Unidos, o Presidente Trump promulgou nesta quarta-feira (4) uma ordem
que restringe severamente a entrada de cidadãos de 19 nações, justificando a
decisão com preocupações de segurança nacional.

A proclamação impõe uma proibição total a viajantes de 12
países: Afeganistão, Birmânia, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial,
Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Adicionalmente, restrições
parciais foram aplicadas a cidadãos de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo,
Turcomenistão e Venezuela.

As novas regras abrangem tanto imigrantes quanto não
imigrantes. O presidente citou o recente ataque em Boulder, Colorado, como um
exemplo dos perigos representados por estrangeiros sem a devida verificação ou
que violam as regras de permanência, afirmando que "não os queremos".

"Como Presidente, devo agir para proteger a segurança
nacional e os interesses nacionais dos Estados Unidos e de seu povo. Continuo
comprometido em me envolver com os países dispostos a cooperar para aprimorar
os procedimentos de compartilhamento de informações e gestão de identidade, e
para abordar os riscos relacionados ao terrorismo e à segurança pública",
dizia a proclamação.

Ele também argumentou que muitos dos países listados exploram
o sistema de vistos americano e falham em aceitar de volta seus cidadãos
deportáveis, sobrecarregando as autoridades.

A ordem determina ainda uma revisão das capacidades de
triagem do Egito. Esta ação se assemelha a uma proibição de viagem anterior de
2017, que foi expandida e, após disputas legais, confirmada pela Suprema Corte.

As restrições de viagem entrarão em vigor na próxima segunda-feira
(9).

Thiago Guerreiro – Conectv Atlanta